Este caldeirão de bruxarias do grupo que ajudou a atear fogo nas cabeças reacionárias da nação, ao lado de Caetano e Gil nos anos 60, mostra que não é exagero e muito menos delírio chamar os Mutantes de gênios. Foram gênios precoces na arte da composição, este processo complexo de fundir sons das mais variadas vertentes com letras que brincam com o absurdo, com as incoerências afetivas e poéticas, com as coisas arrítmicas que os conservadores costumam taxar de impossível. Sim, os Mutantes navegaram em mares impossíveis, desafiaram a lógica de cifras e partituras com sabedoria e humildade e por isso conseguiram o respeito e a consagração do mundo.
Luciano Alves abriu a caixa preta da mais importante banda de música popular brasileira contemporânea de todos os tempos com perfeição, talento, ética e paixão. Afinal, ele foi um Mutante numa das várias mutantes fases da banda, que como um cometa, um raio, explodiu no horizonte. Mas até hoje corremos atrás de seus cacos preciosos, como garimpeiros do século XXIII, em busca de explicações, as mais remotas que sejam, para um extraordinário fenômeno deste século XX que agora entra em sua última faixa.
Luiz Antonio Mello
Prefácio: Luiz Antonio Mello
Partituras: melodias e cifras para guitarra, violão e teclados
Nº de músicas: 25
Repertório
Ando meio desligado
Baby
Balada do louco
Banho de lua
Bat macumba
Cidadão da Terra
Desculpe babe
Dois mil e um
Dom Quixote
El Justiciero
Fuga nº II
Grand finale
Hey boy
It’s very nice pra chuchu
Mágica
Não vá se perder por aí
Panis et circenses
Portugal de navio
Rita Lee
Rock’n Roll City
Rua Augusta
Top top
Trem fantasma
Uma pessoa só
Virgínia