Sonar, No 028 – Take Lane & Comping

Painel do Take Lanes do Sonar

Take Lane and Comping

Este post aplica-se do Sonar X3 ao Platinum. Camada (pista) da gravação e amostragens da composição. A palavra “take” em inglês significa “tomada, registro”. No entanto “tomada” não é muito utilizado em gravação de áudio, no Brasil. Por isso, normalmente, adotamos o termo em inglês no dia a dia das gravações. Já o termo “comping”, em música digital, pode ser traduzido como “amostragens ou trechos da composição”. Mais precisamente, o Comping refere-se aos pequenos takes de voz ou de instrumento que gravamos seguidamente para, posteriormente, escolhermos qual foi a melhor interpretação. E, estes takes no Sonar são identificados como Lanes. Para simplificar, utilizo o termo Sub Pista para os Lanes. E, no Sonar este recurso foi aprimorado imensamente para facilitar a gravação de takes seguidos assim como a escolha das melhores execuções que formarão a pista final que agrupará o áudio de um determinado instrumento. 

O processo de gravar vários takes é muito utilizado, por exemplo, na gravação de um improviso de guitarra. Para que o músico não perca a inspiração, gravamos diversos takes seguidamente e escolhemos os melhores momentos posteriormente. O guitarrista pode gravar o mesmo trecho quantas vezes desejar enquanto o Sonar cria novos Lanes (sub pistas associadas) abaixo do anterior, automaticamente. Para visualizar os Lanes é necessário clicar no ícone Take Lanes (três linhas horizontais) localizado à esquerda, na parte de baixo da pista. 

No Sonar é possível gravar múltiplos takes com o novo modo de gravação Comping. Em seguida, isola-se os takes que se deseja incluir na pista final. É possível, ainda, aplicar e editar crossfades entre os takes, ouvir takes individuais e dispensar rapidamente os takes não utilizados. 

Comping Methods

Existem três métodos básicos de gravação e seleção de trechos no Sonar X3 e para que você compreenda a diferença entre os mesmos, é necessário testá-los. Certamente você incorporará um ou mais métodos descritos no seu trabalho diário de gravação.

1. Comping record mode – modo de registro. Este é o método padrão de gravação. Este é o modo ativado quando se clica no botão de Record (R). Enquanto se grava um novo take na mesma pista, os takes registrados anteriormente não são ouvidos pois são automaticamente desligados durante o tempo utilizado pelo último take. Cada take aparece no seu Lane (sub-take) individualmente sendo que os takes mais recentes são mostrado acima dos anteriores.

 2. Manual comping – seleção manual. Quando os Lanes estão visíveis pode-se utilizar a ferramenta Smart (ícone com estrela, à esquerda, no topo do Sonar) ou a ferramenta Comping para selecionar o conteúdo mais relevantes dos takes. Clicando-se ou dragando-se com o mouse sobre um Take Lane os demais Take Lanes são desligados automaticamente.

 3. Speed comping – seleção e monitoração rápida. Após gravar vários takes, é possível ouvi-los individualmente. Para tal, clique com o botão esquerdo do mouse no botão S (solo) do Lane que desejar ouvir. Desta forma os demais Lanes são automaticamente mutados. Enquanto um Lane estiver solado e tocando, pode-se dragar com o mouse sobre o material que está sendo ouvido e, assim, o mesmo passa a fazer parte do material principal que é mostrado na pista.

Para ouvir um clip isoladamente selecione o take e tecle Shift + Spacebar. Assim, o Sonar executa o take isoladamente em loop contínuo. Para ouvir o take seguinte (de baixo), tecle Dow Arrow (seta para baixo). As outras setas podem ser usadas para ouvir os takes anteriores, seguintes ou o de cima. Esta é uma forma de monitorar os diversos takes sem a necessidade de clicar em cada um.

Para que o modo Comping fique ativo, é necessário que o Recording Mode esteja habilitado para Comping. Para tal, verifique se a configuração do seu Sonar está correta: abra o Preferences clicando na tecla P e, na janela que se abre selecione Record, abaixo do item Project.

No próximo post, mais dicas do Sonar. Acompanhe!

Luciano Alves é pianista, tecladista, compositor e autor do livro “Fazendo Música no Computador”. Fundou, em 2003, a escola de música e tecnologia CTMLA – Centro de Tecnologia Musical Luciano Alves (www.ctmla.com.br) que dispõe de seis salas de aula e um estúdio.

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